O projeto urbanístico foi pensado com ênfase na qualidade ambiental e paisagística e pretende firmar o parque como um equipamento de uso público, opção de lazer para a cidade e seu entorno, indutor de turismo para a região. O desenho urbano e paisagístico parte da premissa de que o lugar deve possuir características bastante distintas de uma ocupação urbana convencional, no que diz respeito à baixa densidade e à integração do ambiente construído com a natureza aqui pretendidos. Propõe-se, em resumo, que o lugar tenha características mais comuns a um parque, propriamente, do que a uma mera expansão da cidade, o que se reflete na urbanização de apenas aproximadamente 670.000 m² dos 250 hectares inscritos no perímetro do PCTI.
As principais manchas de ocupação decorrem diretamente do mapa de declividades, na medida em que são preservadas as áreas com inclinação superior a 25%. Esta estratégia permite que os dois vetores de ocupação por edifícios estejam cercados por áreas verdes preservadas pelo projeto. Um terceiro vetor, definido pelo futuro Parque Municipal de Itajubá, articula-se com os dois anteriormente citados em uma APP – área de preservação permanente. Neste local, propõe-se que a articulação espacial dos três vetores se estabeleça a partir da criação de uma grande praça circular, local de caráter essencialmente público, um grande ponto de encontro com densa arborização e uso paisagístico, científico e recreativo da água. Dadas suas características, é atribuído a este espaço o nome de Ágora, como nas praças públicas da cidade grega clássica.
No que diz respeito ao paisagismo, pretende-se proporcionar a interação entre a paisagem local e as áreas urbanizadas do Parque, marcadas principalmente pela nova represa. A arborização das ruas do loteamento é temática, isto é, cada rua correspondendo a uma determinada espécie arbórea nativa. São utilizadas espécies perenes que demandam menor quantidade de água na irrigação, capazes de promover um paisagismo sustentável e com economia de manutenção. A ênfase do desenho paisagístico é dada à Ágora, que funciona como articuladora do Parque e terá espaços para eventos, contemplação e lazer. Além disso, a inserção de vários equipamentos que priorizam o bem-estar dos usuários (bancos, mesas, vasos, iluminação) valoriza as calçadas e a Ágora.
Por fim, três edifícios são integrados ao projeto da Fase II do PCTI: o edifício Administrativo e Centro de Convivência; o Condomínio de Empresas e o Centro de Manutenção e Apoio. Como características comuns aos três edifícios, destacam-se a opção por sistemas construtivos industrializados (em especial a estrutura modular em concreto pré-fabricado), as soluções para uso e controle de ventilação e iluminação naturais, e o partido volumétrico prismático em que as grandes aberturas estabelecem uma relação de continuidade entre espaço arquitetônico e paisagem.